domingo, 1 de janeiro de 2012

Enterro


 Ana Borm e Sérgio L. Nastasi - Janeiro 2012



Silêncio de tua alma,
doce e puro enterro
nosso amor se foi,
ou nunca existiu.

Sombrio é teu quarto
rosto de um perro
amoroso de acalantos
ou de cantos altos

Garanto que minhas preces
já terminaram em pobres palavras
Seu rosto,
minha consciência sufocada.

Garanto que pouco garanto
canto quase aos sussurros
e dou murros aos montes
no céu negro distante

Já distante de tuas mãos
Consigo enxergar o vazio
suspiro na noite escondida,
me assombro, triste solidão

Não sei se a noite se esconde
ou se eu mesmo a assombro,
mas sigo a falar de vazio
e imaginar teus belos ombros

Ainda deparo-me com a noite
que me faz chorar
e penso que vou morrer
antes de te abraçar

3 comentários:

  1. Versos simples vocês pós
    igual um samba de Candeia
    Isso aí , vamos versejar
    Para os tolos reclamar
    Vamos fazer poesia
    Igual os da antiga .

    ResponderExcluir
  2. tudo o que eu precisava ler nestes últimos dias. De certo modo obrigada!

    ResponderExcluir