Leandro Acácio e Sérgio L . Nastasi - janeiro 2013
Pensar é por vezes delito
tão pesado quanto um monólito
quando não é voz fina
suave
é um estrugido dum grito
que soa como voa uma ave
e dança como gira o peão
Pensar é por vezes são
e dança como gira o peão
Pensar é por vezes são
mas não é coisa de santo
nem todo olho é de lince
e eu, como a esfinge,
e eu, como a esfinge,
espero tanto
Se eu penso o deserto me torno areia
e as dunas:
esquecidas pedras de
antigas sereias
Se eu
sonho e não desperto,
transformo vigas e colunas
transformo vigas e colunas
para suprimir a
realidade
desprovida de plumas
Meu peito é uma caverna
de batidas rupestres
o tambor é o tempo
e a cor da miragem
Imagino paisagens em derredor
faço uma grande esfera
hoje nem conto aniversários
que dirá a idade da Terra
Sou eu esse fóssil
essa forma em mim escondida
o que não dura nas Horas
é a carne que vai sendo comida
Imagino paisagens em derredor
faço uma grande esfera
hoje nem conto aniversários
que dirá a idade da Terra
Sou eu esse fóssil
essa forma em mim escondida
o que não dura nas Horas
é a carne que vai sendo comida
é luz da veloz digestão
de todas as palavras
escritas
penduradas num mesmo cordão
cordel das imagens aladas
Não há perdão aos que pensam demais
logo merecem outra sentença
Bendita sois entre os pensadores: Safo
cordel das imagens aladas
Não há perdão aos que pensam demais
logo merecem outra sentença
Bendita sois entre os pensadores: Safo
poeta da ilha de Lesbos
antes que outra me convença
antes que outra me convença
Muito bom menino Sérgio. Gostei de tudo, cada palavra, cada verso, estou insatisfeita e por tanto quero mais.
ResponderExcluirGrande poeta, esse Sergio. Abraço, camarada! Marcos Euzebio
ResponderExcluiré vero.... Saudações Sergianas!
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