Poema de Ana Borm,
Leandro Acácio
e Sérgio Lima Nastasi
Setembro 2012
Sinto-me como um rosto de areia
Com os olhos muito negros
E a boca tão obscura
Que a secura e o esfarelar
De um ser ao sol onde me deito
Já são como uma candeia
Que ninguém pode descansar
Seu granulado peito
E a boca tão obscura
Que a secura e o esfarelar
De um ser ao sol onde me deito
Já são como uma candeia
Que ninguém pode descansar
Seu granulado peito
Por isso espraio-me ao vento
Na espreita de um estado
Seja ele um corpo lento
Seja ele desalmado
E quando canto um sentimento
É simplesmente por cantar
Tenho a mão no parapeito
Tenho a voz pousada ao mar
Na espreita de um estado
Seja ele um corpo lento
Seja ele desalmado
E quando canto um sentimento
É simplesmente por cantar
Tenho a mão no parapeito
Tenho a voz pousada ao mar
Procuro a resposta no silêncio da alma
Refiro-me ao vazio não preenchido
Entretanto no peito, que já não acalma
Faço-me forte com a alta maré
Ainda canto enquanto deito
Ainda espero enquanto creio
É simplesmente por acreditar
Que minhas dores levo ao mar
Refiro-me ao vazio não preenchido
Entretanto no peito, que já não acalma
Faço-me forte com a alta maré
Ainda canto enquanto deito
Ainda espero enquanto creio
É simplesmente por acreditar
Que minhas dores levo ao mar
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