Por que me vigiavam as janelas abertas com quatro óculos de vidro?
Por que avista todos os dias seres e rotinas diferentes?
Será por causa das borboletas em meu vestido?
Ou por causa das impurezas que ainda há ao meu redor?
Segue a casa catando vento no telhado...
E se olharmos de outro ângulo, poderemos ver um belo ninho de pássaros
Quero olhar de canto e ouvir o canto, compasso por compasso
Que me fazem flutuar, espaço a espaço
Segue o pássaro cantando lento no assombreado quintal...
Lá no alto posso ver do estranho ao impossível
Porque cá embaixo já vi o impossível do estranho
Lá no alto posso ser imprevisível
Porque cá embaixo é natural ser invisível
ou sem tamanho...
Sei que era um vigiar indiferente
O olho alerta das sentinelas
E eu que me desequilibrava facilmente,
Voejava contente fitado pelas janelas
(Ana Borm e Sérgio L. Nastasi- Novembro 2010)
bonito!
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