Vocês são amigos imaginários. Sim. Quem não diz isso? Justamente aquele que se afasta das proponências. Aquela que, insistimos, só nasce pelas histórias, pelas narrações. Simples histórias vividas ou não: eis a imaginação. Histórias sem linearidade. Mas nem sabemos se podemos chamá-la de história... Talvez narrativas, narrativas entre amigos. Conversações. Daí surgem as coisas. Daí nascem mais coisas que, por sua vez, como que vivas por si, desdobram-se. É tudo isso o que queremos dizer. Se alguns não compreendem é porque querem que a gente complique, que a gente torne difícil o nosso conceito de amigo e a proponência da Amizade. Mas não é por aí. Dá para explicar pelo som, pelo som que vem dos pátios das escolas, aquele burburinho dos alunos conversando: o que é isto? A proponência? Não é complicado. É ela sim, pois a conversa é como se fosse um ovo. Alguém vê o ovo e diz: "Vai surgir dele alguma coisa, algum bicho!" Este bicho pode ser um amigo novo, uma nova proposta, seja ela imaginária ou não. Ora, e não é da palavra proposta que surge proponente? Puro e simples devir. O Quadrado, dizíamos, não é quadrado, é antes um ovo:
Sérgio, Pilantropov.
ResponderExcluirMeus amigos, o Ovo representa a sempre continuídade de sí mesmo, no eterno retorno, no devir sempre de sí. Como também representa, o que poderiamos dizer, do Universo numa Casca de Nó de Stephen Hawking. Ou melhor dizendo, como no fim ddo filme Homens de Preto, o universo não tem tamanho. Apenas a qualidade de universo, que é o que nos unifica aí com a amizade.
Essa unificação para com a amizade, nos torna, nos constrói a narrativa, como personagens de um jogo vital de RPG. Lançemos os dados, vamos construindo nossa história. Assim como o Ovo, que dá liga em muitas receitas de bolo, fazemos de nosso bolo crescer, meus amigos filosóficos.
Não faremos o bolo crescer, para depois dividir no sentido "elitista", mas vamos fazer juntos esse bolo crescer, vamos fazer junto prosperar a narrativa, vamos fazer junto o nascer desse bicho que é a mais pura e autÊntica amizade, daquela que sentimos, que pensamos, que amamos e que sofremos. Que carregamos, na mente e no peito, no dia e na noite, ao cair na cama, ao despertar para o café da manhã... divagações, mas ultra-realisticamente importantes para mim!
Abração, do Fernando Intensofox!
Mas que bonito isso...
ResponderExcluirQuando o "quadrado" se diz como um ovo, ou ovos, mas sem pisoteá-los, achei muito sagaz esta percepção. Gostei demais da parte em que a história não é linear, continuísta, e sim, talvez, nem seja história, mas somente narrativas, conversações etc.
Também teve uma sagacidade muito boa ao considerar a simplicidade e a pureza do devir que age seja na imaginação ou mesmo no ato de desimaginar...
Abraço,
E.B.