domingo, 5 de junho de 2011

Pilantröpóv Filofèrnândés e o Ovo




Vocês são amigos imaginários. Sim. Quem não diz isso? Justamente aquele que se afasta das proponências. Aquela que, insistimos, só nasce pelas histórias, pelas narrações. Simples histórias vividas ou não: eis a imaginação. Histórias sem linearidade. Mas nem sabemos se podemos chamá-la de história... Talvez narrativas, narrativas entre amigos. Conversações. Daí surgem as coisas. Daí nascem mais coisas que, por sua vez, como que vivas por si, desdobram-se. É tudo isso o que queremos dizer. Se alguns não compreendem é porque querem que a gente complique, que a gente torne difícil o nosso conceito de amigo e a proponência da Amizade. Mas não é por aí. Dá para explicar pelo som, pelo som que vem dos pátios das escolas, aquele burburinho dos alunos conversando: o que é isto? A proponência? Não é complicado. É ela sim, pois a conversa é como se fosse um ovo. Alguém vê o ovo e diz: "Vai surgir dele alguma coisa, algum bicho!" Este bicho pode ser um amigo novo, uma nova proposta, seja ela imaginária ou não. Ora, e não é da palavra proposta que surge proponente? Puro e simples devir. O Quadrado, dizíamos, não é quadrado, é antes um ovo:



2 comentários:

  1. Sérgio, Pilantropov.

    Meus amigos, o Ovo representa a sempre continuídade de sí mesmo, no eterno retorno, no devir sempre de sí. Como também representa, o que poderiamos dizer, do Universo numa Casca de Nó de Stephen Hawking. Ou melhor dizendo, como no fim ddo filme Homens de Preto, o universo não tem tamanho. Apenas a qualidade de universo, que é o que nos unifica aí com a amizade.

    Essa unificação para com a amizade, nos torna, nos constrói a narrativa, como personagens de um jogo vital de RPG. Lançemos os dados, vamos construindo nossa história. Assim como o Ovo, que dá liga em muitas receitas de bolo, fazemos de nosso bolo crescer, meus amigos filosóficos.

    Não faremos o bolo crescer, para depois dividir no sentido "elitista", mas vamos fazer juntos esse bolo crescer, vamos fazer junto prosperar a narrativa, vamos fazer junto o nascer desse bicho que é a mais pura e autÊntica amizade, daquela que sentimos, que pensamos, que amamos e que sofremos. Que carregamos, na mente e no peito, no dia e na noite, ao cair na cama, ao despertar para o café da manhã... divagações, mas ultra-realisticamente importantes para mim!

    Abração, do Fernando Intensofox!

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  2. Mas que bonito isso...

    Quando o "quadrado" se diz como um ovo, ou ovos, mas sem pisoteá-los, achei muito sagaz esta percepção. Gostei demais da parte em que a história não é linear, continuísta, e sim, talvez, nem seja história, mas somente narrativas, conversações etc.
    Também teve uma sagacidade muito boa ao considerar a simplicidade e a pureza do devir que age seja na imaginação ou mesmo no ato de desimaginar...

    Abraço,

    E.B.

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