Não há poema que não sangre,
será que as ideias morreram?
Será que a tua boca é um buraco?
Ou apenas uma mentira para nos confundir?
Talvez eu não te zangue
Com um poema ruim
Vamos retomar o fôlego
Esquecendo o suor tenebroso
Por onde caminhamos sem fim
Vamos além da cratera
Dos nossos umbigos
Quem sabe uma esfera,
Um abrigo, outros perigos...
O olho que não enxerga
A cor azul,
O olho teu que nos vê
Assustados
O mesmo que se sente abusado
Por ver somente o que não convém
Vamos além dos braços suados
De novo e de novo
Estamos esgotados
Enquanto vamos pensando:
Para que nos torturar assim?
Outros que nos experimentem
O nosso rosto e a nossa mão,
Tudo o mais que surgiu
E que tudo se acabe com o perdão
De um pecado que jamais existiu
(ANA BORM e Sérgio L. Nastasi - Janeiro 2011)
minha consciencia ficou mais leve, já q gerou um poema tão bonito
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