terça-feira, 20 de setembro de 2011

Acaso


Ana Borm e Sérgio L. Nastasi – setembro 2011



Por tantas lástimas
encontro o significado de julgar

Por tanta graça

estranho meu próprio olhar 

Desgraça pouca:
olho nos olhos da culpa

Desfaço a minha desculpa
que julgava solta

Entrelaço nossos medos
num leve fecho de solidão
Espero que nos demos,
ou que seremos,
a certeza de um não




Só lido com o sólido
Solitário eu parto
Farto de vidas duplas
Amo e odeio as culpas
Estar contigo: conceito inato.

Não perco minha gratidão
Não me esqueço dos contatos
Sei ser breve a ilusão
Sorrio aos fatos
Engano somente o não exato
Que procuras em mim
Compondo íntimos relatos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário