Ana Borm e Sérgio L. Nastasi – setembro 2011
Por tantas lástimas
Por tanta graça
estranho meu próprio olhar
Desgraça pouca:
olho nos olhos da culpa
Desfaço a minha desculpa
que julgava solta
Entrelaço nossos medos
num leve fecho de solidão
Espero que nos demos,
ou que seremos,
a certeza de um não
Só lido com o sólido
Solitário eu parto
Farto de vidas duplas
Amo e odeio as culpas
Estar contigo: conceito inato.
Não perco minha gratidão
Não me esqueço dos contatos
Sei ser breve a ilusão
Sorrio aos fatos
Engano somente o não exato
Que procuras em mim
Compondo íntimos relatos.
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