repetem-se,
passam os dedos numa lembrança suja,
pueril, poeirenta,
esgotam o imaginário
que se deu de lambuja
e por fim nada inventam...
repetem-se, repetem-se,
insinuam amores, desenhos, amores, siluetas,
ventos dobrados, a dobra dobrada
e as respostas daquela borboleta, lembra-te disso, minha preta?
tudo vem no mesmo sonho seco,
e não quero,
nele vem um livro que leio...
e não quero,
nele o desespero da queda,
e não quero,
repetido sonho, repetido seio,
beijo, mão, a tua sobrancelha, outro seio teu,
lembra-te disso, minha preta?
repetido sonho, refrão deste desalmado,
acordo com o corpo morno, preta,
deixando teu travesseiro ensopado.
Janeiro 2011
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