quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Quente ou talvez perigoso...


Quero escapar pelos teus braços
Um momento de deslize e deleite
Quero como num sonho,
Que se perde antes que se deite


Quero como num tumulto
Onde a gente se surpreende
Com as emoções
Pulsando em toda a mente
Desse modo frio
Ou daquele um pouco mais quente
Mais quente ou talvez perigoso
que a cada dia me deixa ansioso
e com o braço pueril
daquele ponto em diante, finalmente
Entendia o que eu queria eriçado
Sobre a pele que se desfazia

Eu,
Que mau algum cometeria
Ao ver teus braços cruzados
Apenas esperava alguns de teus passos delicados
Ou alguns de teus dedos
Ou alguns de teus lábios 


E tu ainda cuidadosamente,
Eu um tanto desesperado,
via teu pequeno e extremo passo:
pisava-me nos meus pés
como quem pisa de leve
um tapete fofo
aquele feito neve
 branco detalhe em teu rosto


E quando penso que decifro
o que há por traz do teu disfarce
grande desgosto:
neve fria
de praxe



(Ana Borm e Sérgio L. Nastasi - Dezembro 2010)

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