Não quero me ausentar
do palco dos seus olhares
que são Circo e Theatro sem lugares
que são lonas e cortinas cerradas
que se abrem e se fecham
como portões sobre calçadas
Não quero que não queira se ausentar
do palco que lhe construí
eu que nada lhe descortinei
que nunca lhe disse para me abrir
ao menos para admirar a asma
E há tantos e tantos fantasmas nos meus pulmões
e há outro e outro dente que não lhe sorriu
E há circos e circos sem lugares
sob a garoa dos seus olhares
(Agosto 2010)
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